DO'ÊPINO: A LENDA COBRA TRAÍRA E DO HOMEM SOL
A FESTA DOS PÁSSAROS E UNIÃO DOS MUNDOS
atriz, pesquisadora e artista educadora
O PIAPURU - Livro-Brinquedo - "Como contar esse tempo?", é uma publicação idealizada, gestada e realizada em 2021 no Programa de Iniciação Artística, e que traz histórias, artigos, poesias, músicas, registros, criações audiovisual, imagens e kulishas com brincadeiras e jogos, criadas também em 2020, em edições em que o PIÁ aconteceu pela mediação da virtualidade – na maioria do tempo.
Nesses anos pudemos presenciar uma transformação no modo de ver e fazer arte com crianças e adolescentes dentro das políticas públicas da Supervisão de Formação Cultural, e que seguiu ecoando na edição de 2022. A partir das leis 10.639/2003 e 11.645/2008 e a articulação de artistas negras, negres, negros e indigenas foi possível ser implementado um projeto artístico-pedagógico em afroperspectiva que fundamenta as criações deste livro-brinquedo guiando-se por uma cosmologia da pluriversalidade, no empenho de dar continuidade aos passos das ancestralidades dos povos originários e africanos. Neste registro político, também participamos da incorporação de ações afirmativas de cunho étnico-racial, para pessoas trans e pessoas com deficiência nos editais do PIÁ e Vocacional e que ecoaram por todos os programas da Supervisão de Formação.
Para fazer download do livro, clique abaixo:
PIAPURU - livro-brinquedo "Como contar esse tempo?"
O projeto “Um território para nós - encontro entre universidade, comunidade e criação cênica feminista” reúne múltiplas ações que objetivam dar visibilidade às criações cênicas de artistas identificadas com o gênero feminino (mulheres cisgêneros, transgêneros, travesti, transexuais) e/ou de gênero fluido, e que promovam o cruzamento entre a investigação cênica, o protagonismo das mulheres e a equidade de gênero, questões que abrangem mulheres e homens. Também buscamos fomentar o diálogo entre artistas diversas, fortalecendo a construção de processos autorais e a troca criativa, assim como ampliando a visibilidade das proposições cênicas por elas desenvolvidas. Pretendemos, ainda, estreitar a relação entre a pesquisa acadêmico-científica, a comunidade universitária e a cidade, expandido territórios e circunscrevendo zonas de encontro entre pesquisadoras, artistas e público.
“Um território para nós" inspira-se no mote de Virginia Woolf, em "A room of one's own" ("Um quarto só para si"), publicado em 1929, em defesa da conquista de um lugar singular para o desenvolvimento da expressão feminina no âmbito da literatura (WOOLF, 2019) . Aqui, transformamos esse ideal em uma proposta de ocupação coletiva de territórios por meio da prática de uma arte teatral de cunho político-social pró-mulheres, apta a abarcar as realidades em transformação que caracterizam a contemporaneidade. Buscamos abranger um escopo compartilhado pelos feminismos interseccionais, termo plural que reconhece o cruzamento entre as diversas opressões de gênero, raça, classe e sexualidade como uma barreira urgente a ser enfrentada pela sociedade. Por isso a proposição de ações múltiplas, visando contemplar uma gama ampla de formatos e linguagens expressivas, assim como de materialidades e modos de produção, implicando ainda no acesso de públicos variados às ações aqui circunscritas.
PROGRAMAÇÃO COMPLETA
Nesta oficina a proposta é realizar uma troca entre mulheres, um jogo respeitoso e alegre, que percorre rios que somente a experiência pode levar… Já se permitiu conversar com alguém que você não conhece? O que estamos precisando receber hoje? E o que podemos ofertar umas às outras?
Zami é um termo típico das comunidades pretas caribenhas que significa “aquela mulher que trabalha junto com outra mulher enquanto amiga e amante”, e que Audre Lorde adota ao escrever sua biomitografia.
Sinopse: "Xica nos contou um sonho" é um experimento cênico interseccional que traz o cruzamento das nossas histórias pessoais com a biografia de Xica Manicongo, travesti negra que teve sua história apagada do período colonial brasileiro. A narrativa tem como fio condutor os sonhos, porque assim como ensinam os povos indígenas, “a experiência do sonho dilata o esperançar da vida”.
Atrizes e atores: Bianca Oliveira, Fellipe Eloy, Janaina Delfino, Rafael Percino e Talita Leite. Participação especial: Luiz Sarrassini.
Músico: Willian Alvarenga.
Laboratório ministrado por Vanessa Biffon.
Orientação da Profa. Dra. Lúcia Romano.