O projeto Pedagogias das (in)surgências: classe, raça, etnia, gênero e sexualidade - os “não ditos” na escola que precisam ser nomeados, aconteceu entre os meses de maio a setembro de 2025, com a realização de diferentes oficinas, rodas de conversa e experimentações lúdicas na área de linguagens e ciências humanas (previstas nos referenciais pedagógicos e institucionais do currículo), com temáticas voltadas às necessidades atuais do exercício do direito ao reconhecimento da diversidade humana, como princípio básico do Estado Democrático de Direito, no qual se assenta a construção do nosso país, em consonância com os princípios da legislação educacional sobre proteção, acolhimento e ampliação dos direitos de todas e todos os estudantes.
As temáticas abordadas tratam de questões da nossa contemporaneidade, no combate à exclusão e à violência, buscando construir outras perspectivas potencializadoras nas questões de gênero/sexualidade, antirracismo, valorização das culturas afro-brasileira e indígena, além da expressão artística por meio da poesia slam e das artes cênicas, entendidas como espaços de voz e manifestação das vivências estudantis. Com essas ações, buscou-se contribuir para a criação de trajetos de protagonismo e fala estudantil, bem como para a construção de outras formas de pensar e agir no mundo, com o objetivo de humanizar e fortalecer a pluralidade cultural e a existência pautada na valorização das diferenças.
Equipe: servidores Hamilton Édio dos Santos Vieira, Thais Mariano Fleming, Vanessa Biffon Lopes, Haryanna Pereira Sgrilli, Bruna Stephane Oliveira Mendes da Silva, Paulo Fabrício Lira Roquete e estudantes Kaio Cruz Magalhães, Nique Maurício Silva Santana, Lorenna Vitória de Sousa Gomes Machado, Paulo Ricardo Pereira, Pedro Henrique Fernandes Honorato, Yasmin Sena Seghetto e Samira Leite Assis.
Seguem as oficinas oferecidas por Vanessa Biffon.
Oficina teatral sobre a biografia de Xica Manicongo, primeira travesti negra do Brasil que se têm registro. Sua existência foi descoberta pelo historiador Luiz Mott e, recentemente, ganhou visibilidade graças à divulgação da ANTRA - Associação Nacional de Travestis e Transexuais. Utilizaremos jogos teatrais para percorrer a história de vida dessa personagem real que vem se tornando um símbolo de ancestralidade da população transgênero do país.